sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Esmurrando o corpo





(I Coríntios 9:23-27; II Coríntios 11:27; I Coríntios 4:11-13; Romanos 8:11)
Paulo, escrevendo aos Coríntios disse: "Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar Cooperador com ele. Não sabeis vós, que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. Todo atleta em tudo se domina; aqueles para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível. Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. Mas esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado". (I Coríntios 9:23-27). No versículo 23, Paulo se apresenta como um servo de Deus, um pregador do evangelho. "Tudo faço por causa do evangelho", diz ele; e tendo declarado que atitude voluntária adotou para consigo mesmo, com o fim de realizar o seu objetivo, isto é, "mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão", ele nos relata como é que cumpre esta resolução de manter o domínio sobre seu corpo. Desejamos, antes de tudo, deixar claro que o autor da epístola aos Coríntios não era um ascético. Ele não concorda com os que ensinam que o corpo é um estorvo do qual devemos nos desfazer, é nem tampouco que ele seja a fonte do mal. Pelo contrário, na mesma carta ele declara que o corpo do cristão é o templo do Espírito Santo, e que o dia virá, quando a redenção do nosso corpo será uma realidade e teremos corpos glorificados. Nenhum traço de asceticismo deve estragar a concepção cristã acerca do "esmurrar o corpo". Repudiamos o pensamento de que o corpo é um embaraço para nós e que é a fonte do pecado; porém, na verdade reconhecemos que podemos pecar com o corpo, e que ainda continuaremos a fazê-lo, mesmo que venhamos a tratá-lo drasticamente. Neste nono capítulo de I Coríntios, Paulo confronta os obreiros cristãos com o desafio de fazer do corpo um subservo de seus interesses, como servos de Cristo. É como um obreiro cristão, como um pregador do evangelho que Paulo descobre o problema, e é pelos interesses do evangelho que ele procura resolvê-lo. Aqui está sua solução; "Esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão. O termo "esmurrar" não é um termo leve; não há qualquer sugestão de meias medidas no tratamento de Paulo para consigo. Agora, como Paulo esmurra seu corpo e adquire o domínio sobre o mesmo, ele explica claramente. Sendo este um assunto de suprema importância para todo obreiro cristão, vamos observar cuidadosamente o que ele tem a dizer sobre isto. Aplicando de uma maneira prática para os servos do Senhor, Paulo usa como ilustração uma corrida. "Não sabeis vos", diz ele no versículo 24, "que os que correm no estádio, todos, na verdade correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis". Paulo diz que nem todos que entram na corrida são ganhadores do prêmio e ele exorta seus leitores a correrem de tal maneira, que o possam alcançar. Como isto pode ser feito, ele explica no versículo 25, tirando sua analogia dos jogos olímpicos. "Todo atleta em tudo se domina". Paulo enfatiza a necessidade de auto-disciplina por parte de todo competidor. Aqueles que competem pelo prêmio devem exercer um controle rigoroso sobre si mesmos. Antes dos jogos, durante o período de treinamento, não podem comer quando desejarem nem o que desejarem; muitas cousas que normalmente seriam permitidas, já não são mais. E quando entram na corrida, fortes regras devem ser usadas; do contrário, estarão desqualificados. Você diz: Eu preciso ter isto, preciso ter aquilo. Está bem! Se você não é um competidor nos jogos, você pode; mas se você é, então, você deve ter o seu corpo sob absoluto controle. O que significa a expressão "em tudo se denomina"? Significa que não devemos permitir que o corpo faça exigências excessivas; sua liberdade tem que ser cortada. O corpo não está na corrida para satisfazer suas exigências relacionadas à comida, bebida, vestimenta ou dormir; ele está lá para realizar uma função — correr, e correr de tal maneira que o prêmio seja garantido. Paulo continua a discorrer, lançando mão da mesma ilustração: "Aqueles para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível". O vencedor nos jogos Olímpicos era coroado com uma coroa de louro; todavia, para alcançá-la, ele sujeitava-se a uma rigorosa disciplina durante bom período. Que auto-controle, então, não devemos nós exercitar para ganharmos a coroa incorruptível? "Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar", diz Paulo, ainda desenvolvendo seu tema. Ele não está sujeitando-se a toda essa disciplina à toa; ele tem em vista um objetivo claro; ele está indo direto para a meta. Este versículo tem que ser lido em união com o próximo. Ele não está correndo para lã e para cá, e não está lutando ao acaso; todos os seus movimentos são regulados, pois tem o seu corpo estritamente sob seu poder, e tem se tornado capaz de ganhar o senhorio sobre ele, disciplinando-o violentamente. Irmãos e irmãs, se vocês ainda não trouxeram os seus corpos sob controle, seria melhor vocês refletirem sobre a obra e adquirirem domínio sobre eles, antes de tentarem exercer autoridade em qualquer esfera mais ampla. Você pode ter um grande prazer na obra, mas ela será de rouco valor se você for dominado pelas suas súplicas físicas. Servir ao Senhor não é só um problema de pregar sermões de uma plataforma. Paulo sabia disto. O que implica em trazermos nossos corpos à servidão? Para entendermos isto, devemos primeiramente saber quais são as exigências do corpo. Falaremos apenas de algumas delas: comida e vestimenta; descanso e recreação; e em tempos de doença, um cuidado especial. Todas essas exigências são legítimas, mas o obra do Senhor faz suas exigências também; e, se eu preciso cumprir estas, naturalmente terei que impor restrições ao corpo. Quando a obra faz exigências especiais na parte física, esta só será capaz de suportar a necessidade, se tem sido constantemente disciplinada. Mas, se suas súplicas têm tido normalmente a permissão de governar, então estará sem condições quando um trabalho árduo for requerido. Se o corpo não tem aprendido, habitualmente, a servir seu mestre, quando este pedir que seus membros ponham seus esforços coordenados na corrida, os pés se recusarão a funcionar e os outros membros estarão muito lerdos para obedecer ordens. Se a corrida é para ser vencida, o atleta não ousa relaxar suas restrições sobre o corpo quando este está fora da corrida. Se na vida normal e cotidiana de um obreiro cristão, seu corpo nunca aprender a conhecer o seu mestre, como podemos esperar que ele responda às exigências extraordinárias que às vezes o obreiro terá que fazer sobre ele por causa da obra? Só se você firmar persistentemente a sua autoridade, é que ele irá eventualmente ceder á você o seu lugar. Se, na vida diária, ele tem adquirido o hábito de obedecer, você então pode contar com ele para lhe servir fielmente, sob circunstâncias de excepcional necessidade. Permita-me perguntar-lhe: Você é o senhor de seu corpo, ou você é seu escravo? Ele se submete às suas ordens, ou você se entrega aos seus desejos? O seu corpo regularmente exige que você durma, e esta exigência é permitida. Deus dividiu o tempo em dia e noite, provendo ao homem uma oportunidade de descansar; e, se o homem fizer pouco caso da provisão divina, ele não fará isto sem sofrer a pena. Por outro lado, se ele permite que o seu corpo governe e deixa que ele durma quando quer que este se sinta inclinado a fazê-lo, ele se tornará mole e preguiçoso para trabalhar. Normalmente, é certo dar ao corpo oito horas de descanso por dia. Porém, quando os interesses do Senhor o requerem, temos que reduzir as horas de sono, ou até deixar de dormir por uma ou duas noites. Aquela noite, no jardim do Getsêmani, o Senhor tomou à parte três de seus discípulos e disse-lhes: "A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai". Mas quando voltou da oração, Ele os achou dormindo, e disse a Pedro: "Simão, tu dormes? Não pudestes vigiar nem uma hora?" Não, eles não podiam vigiar com o nosso Senhor nem por uma hora; a súplica pelo sono os venceu. O que está errado em querer dormir à noite? Nada. Mas, se o Senhor nos pede para vigiarmos com Ele e nós obedecemos às súplicas de nosso corpo, invés de Lhe obedecermos, teremos falhado como Seus servos. Isto não quer dizer que podemos ficar eternamente sem dormir, pois somos seres humanos e não espíritos; mas isto, na realidade, significa que se queremos satisfazer a necessidade do Senhor, devemos manter constantemente o corpo sob controle, para que este se torne acostumado à fadiga. O que significa correr a corrida? Significa fazer alguma coisa excepcional. Normalmente, caminhamos gradativamente, dando um passo após o outro, mas na corrida temos que apressar o passo. Portanto o corpo é chamado para exercer um esforço extra. Como regra, podemos permitir-nos oito horas de sono; porém, quando o serviço de Deus exige estas horas, devemos estar preparados para reduzir nossas horas de descanso; é quando isto ocorre, que devemos esmurrar o corpo. Quando nosso Senhor achou seus discípulos dormindo, depois de ter-lhes seriamente pedido que vigiassem, Ele expôs o problema: "O espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca". De que adianta ter um espírito pronto se a carne é impotente para fazer o que o espírito deseja? Se a carne está fraca, mesmo um espírito pronto não pode manter você acordado. Se você deve vigiar com o Senhor quando Ele pede, você irá precisar de um corpo pronto tanto quanto um espírito pronto. O corpo não é um estorvo, é um servo que necessita de treinamento para servir bem; e o treinamento tem que ocorrer sob circunstâncias costumeiras, para que então, este esteja sempre pronto para satisfazer a exigência de circunstâncias extraordinárias. Nicodemos veio ao Senhor à noite, e o Senhor podia conversar com ele sem cansaço, apesar da hora. Os evangelhos relatam que às vezes o Senhor podia passar noites inteiras em oração. Ele estava preparado para permitir que o seu ministério vencesse o Seu sono; e nós precisamos estar preparados para fazer o mesmo. Não estamos incentivando os obreiros cristãos a cultivarem o hábito de passar noites em oração. Trocar a noite pelo dia e constantemente passar as horas da noite em oração é estragar o corpo e a mente, pois isto é anormal; contudo, perguntamos; é normal para os servos do Senhor nunca sacrificarem seu sono por causa da Sua obra? Se, neste caso do sono, fizermos habitualmente a vontade do corpo, ele irá recusar quando tentarmos impor-lhe qualquer restrição, para satisfazermos alguma exigência especial da obra. O mesmo princípio se aplica no problema de comida e bebida. Sob circunstâncias especiais, nosso Senhor podia abster-se de comida, mas quando não havia necessidade de abstinência, Ele podia comer bem. Seu corpo tinha que obedecê-Lo. Algumas pessoas dependem tanto de comida, que não podem trabalhar se tiverem que ir com fome. Sem dúvida, precisamos de comida e não ousamos ignorar nossas necessidades físicas; todavia, o corpo deve estar treinado para ficar sem alimento quando as circunstâncias exigirem. Você se lembra da ocasião quando o Senhor sentou-se ao lado do poço de Jacó para descansar um pouco e foi trazido face a face com uma mulher em grande necessidade. Era hora de comer, mas o Senhor ignorou sua própria necessidade física e pacientemente mostrou a ela como que sua necessidade espiritual podia ser solucionada. Se chegarmos famintos em algum lugar e não conseguimos fazer nada até que nos alimentemos, nossos corpos não estão nos servindo como devem. Sem sermos extremistas, certamente deveríamos ter controlado-lhes até o ponto mínimo de deixarmos de lhes dar uma refeição, por causa da obra, para que eles não nos vencessem através de suas insistentes súplicas por comida. No terceiro capítulo do evangelho de Marcos, lemos que o Senhor estava cercado por tão grande multidão de necessitados, que nem tinha oportunidade para comer. Seus, parentes reagiram procurando tirá-lo da multidão, pois diziam que estava fora de Si; mas Ele não podia fazer outra coisa senão renunciar por hora Suas próprias necessidades físicas, por causa da urgente necessidade da multidão. Se você ou eu nunca pudermos perder uma refeição quando a obra exige nossa atenção imediata, então faremos um trabalho pouco eficaz. Em tais ocasiões devemos frear nossos corpos por medo que eles consigam a superioridade e os interesses do Senhor sofram. A bíblia determina claramente que os cristãos devem jejuar quando a situação exige. Algumas vezes a situação pede oração prolongada que não deixa tempo para comer, e quando encontramos uma situação que não aceitará a oração separada do jejum, devemos, temporariamente, recusar as exigências racionais do corpo. Uma outra exigência do corpo é o conforto. Não ousamos achar erro num obreiro que desfrute d'uma medida de comodidade quando as circunstâncias o permitem; no entanto, o que devemos lamentar, é da incapacidade do mesmo responder ao chamado do trabalho, por este não estar provido do conforto ao qual ele estava acostumado. Os servos do Senhor devem ser capazes de desfrutar do relaxamento em condições mais fáceis, quando Ele assim ordena; e, aqueles que, apesar do fato de estarem confortavelmente situados, comumente esmurram o corpo, estarão mais capazes de se adaptar à circunstâncias de grande desconforto do que aqueles cuja comodidade é inferior a daqueles, mas não têm se habituado a trazer Deus corpos à sujeição. Em relação à vestimenta, não devemos dar indevida atenção. O Senhor Jesus, referindo-se a João Batista, disse que se alguém quisesse ver uma pessoa elegantemente vestida, nele não haveria nenhuma boa aparência; o lugar para ser visto era no palácio real. Alguns cristãos, contudo, têm estabelecido para si um padrão demasiadamente alto no que se refere à vestimenta, e insistem em sempre concordar com isto. Asseguramos que o fato de vestirmos roupas de má aparência não significa que estamos glorificando ao Senhor; sim, devemos, quando possível, estar limpos, asseados e convenientemente vestidos; todavia, não devemos esquecer do exemplo que nos foi dado por Paulo, o qual, por causa do Senhor, podia deixar que tudo lhe faltasse. Relatando suas próprias experiências, ele escreve: "em fome e sede, em jejuns muitas vezes; em frio e nudez" (II Coríntios 11:21). Em tempos de doenças ou fraquezas o corpo faz exigências mais severas do que antes, e sob tais circunstâncias, muitos obreiros cristãos se desculpam de não poderem trabalhar. Como podia Paulo ter feito o trabalho que lhe foi confiado se tivesse hesitado ao se sentir incompetente? E, o que teria acontecido com o ministério de Timóteo, se ele tivesse tratado seu corpo com delicadeza, quando sofria de suas "freqüentes enfermidades"? É necessário que tomemos um cuidado razoável de nós mesmos, na doença e na saúde, mas isto não anula a necessidade de esmurrarmos o corpo e reduzi-lo à escravidão. Mesmo em ocasiões de doença e dor intensa, Se o Senhor assim o ordena, podemos recusar a dar ouvidos aos seus clamores e obedecê-Lo. Se queremos ser úteis para Ele, é imperativo que ganhemos total senhorio sobre este nosso corpo. Este principio deve ser aplicado, tanto para o desejo sexual como também para todas as outras súplicas do corpo. Se somos servos de Cristo, então Sua obra deve ter prioridade sobre as demais cousas. Em I Coríntios 4:11-13, Paulo diz: "Até a presente hora sofremos fome, e sede, e nudez; e somos esbofeteados, e não temos morada certa, e nos afadigamos, trabalhando com as nossas próprias mãos. Quando somos injuriados, bendizemos; quando perseguidos, suportamos; quando caluniados, procuramos conciliação: até agora temos chegado a ser considerados lixo do mundo, escória de todos". É óbvio que os muitos sofrimentos de Paulo não foram resumidos a um período isolado de sua vida, e que nenhum deles conseguiu impedir o serviço para o seu Senhor. No sexto capítulo desta mesma epístola, do versículo 12 até o fim, ele refere-se a dois problemas — o problema de alimento e o problema sexual; e deixa bem claro que somos servos do Senhor, não do corpo. Depois, no capítulo sete, ele trata do assunto sexual com mais detalhes e no capítulo oito, do assunto de alimento, enfatizando o seu parecer de que não estamos sob a obrigação de fazer a vontade da carne, pois pertencemos a Cristo e devemos servi-Lo. Por sua causa precisamos aprender a dizer "Não" para as nossas súplicas físicas, e teremos que reforçar o nosso "Não" com tratamentos suficientemente drásticos, para que estabeleçamos o fato de que as rédeas estão nas nossas próprias mãos. O Senhor é o criador do corpo e Ele o criou com certos impulsos que são perfeitamente corretos; contudo, Ele criou o corpo para ser nosso servo, não nosso senhor, e até que isto seja estabelecido, não poderemos servi-Lo como devemos. Mesmo uma pessoa como Paulo temia que pudesse ser expulsa da corrida, e perder o prêmio; portanto ele tomou a precaução de subjugar seu corpo através de constantes esmurros. E, o que podemos dizer do nosso Senhor, que se privou da mais alta glória e se pôs nas profundezas da vergonha e do sofrimento? Por amor d'Ele, não ordenaremos que este corpo nos sirva, para que assim, O sirvamos sem embaraços? Não lhe ordenaremos que seja forte na força de Sua vida ressurreta? Ele não tem dito; "Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que, ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também os vossos corpos mortais, por meio do seu Espírito que em vós habita"?

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ricardo brunet

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

UMA LUZ QUE SE APAGA ...


“Uma luz que se apaga causa uma escuridão muito maior do que uma luz que jamais foi acesa.’’

Com essa bela citação, o Ministro Marco Aurélio, nesta 5ª feira, fez uma bela analogia com o caso do Mensalão. O STF fez o Brasil acreditar, por algum tempo, que haveria justiça neste país. Durante meses, incontáveis horas, mais de 50 sessões exaustivas – grande parte por conta da demora do advogado de defesa, travestido de revisor, Lewandowski – apreciação de embargos de declaração, a fala de uma hora por parte de todos os advogados de defesa, contra cinco do Procurador Geral, Dr. Roberto Gurgel, em inesquecível narrativa no plenário.

Ontem tivemos uma espécie de 11/9 brasileiro, com o começo asqueroso dos votos dos novos ministros, Barroso e Zavascki, indicados por Dilma, após desfecho das penas no ano passado, e da aposentadoria do brilhante ministro Carlo Ayres Britto. Além destes recém ingressados no tribunal, acompanharam a favor dos embargos a Min. Rosa Weber, o estagiário eterno Toffoli e, para bater cartão com o Partido, o velho Lewandowski. Quem discordou e seguiu o relator foi: Fux, Gilmar Mendes, Carmen Lucia e o já citado Marco Aurélio Mello.

E placar ficou em 5x5, restando para 4ª feira que vem o voto final por parte do Min. Celso de Mello – que no julgamento foi taxativo e brilhante em seus votos pela condenação da quadrilha que tentou orquestrar sua perpetuação no poder. Um voto que inspirava confiança por parte de quem acompanhou o julgamente em sua totalidade, pela firmeza do ministro contra a corrupção, as brechas na lei e toda a sujeira que o país vem recebendo nos últimos 10 anos.

Eis que, encerrada a sessão, em declaração à imprensa, ele diz que votará a favor dos embargos, ou seja, contra o interesse da nação, contra a esperança de mudança, contra a impunidade, contra todo o julgamento feito por outros integrantes na mesma corte, contra tudo que o Supremo analisou, julgou e condenou! Tudo. Tudo em vão. Tudo para o lixo.

Se o Brasil é, segundo nosso presidente vitalício Lula, o país das “elites”, o STF acaba de criar a elite das elites. Porque o detentor dessa aberração chamada de “foro privilegiado”, tem o direito de ser julgado no Supremo não uma, mas duas vezes! E assim sucessivamente, sem fechar o ciclo, fazendo com que políticos não sejam condenados nunca, tendo em vista que os futuros membros da Corte serão indicados pela presidANTA da República.

Além de tecnicamente inconstitucional um regimento interno ficar acima da Constituição, é imoral, desrespeitoso, criminoso, o que estes seis, que votaram a favor dos embargos infringentes, estão fazendo com o Brasil.

Haverá manifestação? Quebrarão o Tribunal? Ameaçarão o Sr. Lewandowski – um traidor da pátria, um ser humano desprezível que representa um partido na mais alta corte deste país, ao lado de sua versão mirim, Toffoli, que era empregado da Casa Civil e José Dirceu à época dos crimes – ou ficarão sendo testemunhas desse descalabro comandado pela cúpula do PT?

É tão verdadeira a condenação por quadrilha, que o próprio Supremo foi vítima (uma vítima com síndrome de Estocolmo por parte dos seis) destes criminosos que, uma vez que chegaram no poder, não sairão por nada de lá. O PT que aí está é pior do que a Máfia. Pior do que o Comando Vermelho, PCC, etc. Muito pior! Porque ele não é enfrentado pelas autoridades competentes. Ele É a autoridade competente. É a autoridade que paga, que emprega, que delega, que rouba, que ameaça, que mata, que corrompe, que usa o povo como gado, que tem em seu discurso pronto, sempre, uma pseudo-desculpa legal para atos ilegais e imorais.

O projeto de perpetuação no poder bolado por este partido, que se coloca e sempre se colocará a frente do Brasil, é diabólico, maquiavélico e quem paga o preço é a população.

Enquanto nossa presidANTA e sua filha enriquecem, enquanto nosso presidente vitalício pesca embriagado, enquanto ministros contratados votam no interesse, ou no medo, do Governo Federal, a população é dizimada nos quatro cantos deste país.

Aos que defendem o embrião do PT, o ‘’recém nascido” Partido dos Trabalhadores, atentem-se ao fato de que o adolescente partido está aí, enganou a todos e está fazendo o jogo mais sujo já feito desde a redemocratização. Como disse Gilmar Mendes, perto de Dirceu e cia., Donadon é caso de pequenas causas. Collor é um mero contraventor ingênuo.

Hoje, dia 12 de Setembro, após a declaração de Celso de Mello que aceitará novo julgamento, é um dia para as futuras gerações lembrarem com o objetivo de se envergonharem e mudarem. Eu falarei para meu filho que fui testemunha infeliz de atos criminosos de fantasiados de revolucionários que chegaram no poder através de um metalúrgico.

Tudo pseudo. Pseudo-revolucionário, pseudo-metalúrgico, pseudo-trabalhadores. A esperança que existia na alma dos cidadãos de bem deste país, se foi. Fica a velha certeza da impunidade. De um crime cometido há 10 anos atrás e que será novamente julgado, por ministros que aí estão para isso. Jogo de cartas marcadas.

O Brasil é o único circo onde os palhaços pagam pra entrar. E nós somos os palhaços.

João Cunha Soares Ferreira - 12 de Setembro de 2013
 
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ricardo brunet

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

SE VOCÊ POR ACASO CONHECE ALGUÉM QUE PRECISE DESSES SERVIÇOS, PODE ME  RECOMENDAR...OBRIGADO

ricardo brunet


pelos vínculos do amor

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Suicído...

A dor e a performance

As taxas de suicídio se incrementam num contexto marcado pela incerteza e perplexidade, e os mais expostos são os jovens que, tendo de construir seu percurso em espaços de alta competitividade, infelizmente sucumbem

A intenção deste artigo é a de colocar em pauta um conjunto de questões em decorrência do suicídio do músico Champignon, da banda Charlie Brown Jr., em seguida à morte por overdose do seu colega Chorão. A esse cenário trágico deve-se acrescentar o suicídio há alguns meses, por enforcamento, do músico Peu de Souza. A história de suicídio de Champignon se complica, já que esse músico, que substituiu o colega morto, foi seguidamente hostilizado por fãs da banda como traidor por ocupar sua posição em uma nova banda. Nessa medida, a tragédia em questão se situa numa linha tênue entre a dor pela perda do amigo e as múltiplas agressões verbais sofridas da parte de seus fãs. Isso porque tais agressões, nessas circunstâncias, tiveram possivelmente o efeito de incrementar a culpa que se coloca para qualquer sujeito na experiência do luto.
‘Preto e Branco’-Man Ray (1926) - Reprodução
Reprodução
‘Preto e Branco’-Man Ray (1926)
Um primeiro comentário sobre isso é que, paralelamente, no Rio de Janeiro, nos últimos meses alguns jovens de classe média alta se suicidaram de forma violenta e inesperada, causando uma grande comoção entre amigos e familiares. Da mesma forma como Champignon se suicidou abruptamente após um jantar afável com a mulher grávida e amigos, histórias parecidas ocorreram nos suicídios dos cariocas.
Portanto, a primeira questão que se impõe é por que tantos suicídios acontecem com jovens bem-sucedidos na atualidade. Isso não quer dizer, evidentemente, que não ocorram suicídios como esses em faixas etárias outras. Porém, o fato de ocorrerem com jovens tem a potência de nos consternar particularmente, pois se trata de pessoas que tinham uma vida pela frente e muitas possibilidades de resolução dos impasses existenciais que se colocam para todos nós. Por que então esses jovens são lançados abruptamente para o gesto fatal contra si mesmos, sem reconhecerem os horizontes que ainda existiam para eles?
Para responder a isso, é necessário o reconhecimento de que se trata de um fenômeno complexo, que exige uma reflexão que lance mão de um conjunto de saberes, para que não se caia numa banalização psicologista e psicopatológica desse acontecimento limite. Com efeito, é preciso aludir não apenas à teologia e à política, como também ao arsenal das ciências humanas.
Como se sabe, os suicídios não são geralmente divulgados pela mídia. Existe uma interdição em relação a isso, pois se supõe que as narrativas de suicídios possam gerar outros, numa espécie de reação em cadeia. Além disso, essa interdição visa a proteger os familiares dos suicidas, em decorrência do estigma presente nesse tipo de ato fatal.
Contudo, não se pode esquecer que o suicídio é um ato proibido por uma longa tradição religiosa no Ocidente, pois, se Deus nos concedeu a vida, só ele teria o poder de retirá-la. O que implica dizer que, nessa tradição, o indivíduo não teria a liberdade de decidir sobre a própria vida/morte, de forma que se impõe a ele ter que suportar as angústias da existência, inventando formas de lidar com elas.
Esse imperativo religioso foi refundado com a constituição da sociedade moderna, de acordo com Foucault em Vigiar e Punir. Segundo ele, a modernidade se forjou pelo imperativo de promover a vida e afastar a sedução da morte, na medida em que a vida se transformou no campo fundamental para o exercício do poder. Com efeito, se pelo poder disciplinar e pelo biopoder a vida é promovida e a morte apenas acontece quando se torna inevitável, no poder soberano pré-moderno o soberano fazia morrer e deixava viver. Foi em decorrência disso que a modernidade foi marcada por uma intensa e disseminada medicalização do espaço social, na medida em que a saúde foi transformada num dos indicadores fundamentais da qualidade de vida da população e da riqueza do Estado-nação. Daí porque a eutanásia foi proibida em nossa tradição, interdição essa que se mantém ainda hoje, não obstante as múltiplas reações provocadas face a isso na atualidade, em decorrência dos sofrimentos de doentes terminais.
Como se pode reconhecer, a interdição do suicídio conjuga intimamente uma dimensão religiosa com uma dimensão política, de forma que a vida seria regulada pelo poder de Deus e do Estado. Não é, pois, espantoso que o suicídio seja objeto de estigma, provocando horror na população em geral e nos familiares e amigos dos suicidas. No que concerne a isso, é preciso reconhecer que se a perda de alguém que nos é próximo, seja amigo ou familiar, nos é sempre dolorosa, a morte por suicídio é trágica. Com efeito, para esses casos a pergunta que sempre se impõe é se não poderíamos ter impedido o desfecho trágico, se não ficamos cegos e surdos aos múltiplos sinais enviados pelo sujeito. Portanto, a culpa é inevitável entre aqueles que foram próximos dos sujeitos que se mataram, culpa essa que vai marcar suas vidas. Enfim, se os suicidas tiveram que fazer a transgressão limite para realizarem seu ato fatal, pelos interditos religiosos e políticos que delineiam o campo dessa experiência, os familiares e amigos se sentem igualmente responsabilizados por não terem impedido o desfecho.
É inegável que na nossa tradição o ato suicida implica uma situação limite para o sujeito, que se reconhece encontrar num beco sem saída para realizar tal ato. O que implica dizer que, para perpetrar tal transgressão, o sujeito atravessa uma profunda experiência de angústia indizível. Porém, pode-se dizer também que essa experiência se conjuga com o estatuto do individualismo moderno, na medida em que o sujeito aqui em causa não se inscreve numa totalidade social que o subsuma, como ocorria nas sociedades pré-modernas. Nessas, a morte e mesmo o suicídio se inscrevem numa gramática coletiva, ganhando assim foros de heroísmo e grandiosidade, sendo o ato de tais personagens marcados pela coragem e pelos valores éticos superiores. Não é isso que ainda vemos e podemos constatar em diversas culturas asiáticas e árabes, onde os homens-bomba e os camicases se transformam em heróis de suas comunidades, louvados pela coragem e pelos valores fundamentais que os impulsionaram para a morte.
Foi na tradição individualista moderna que o suicídio se transformou num ato maldito. Em decorrência disso, a figura do suicida se transformou na figura do anti-herói e mesmo do covarde, isto é, daquele que não teve coragem para suportar os obstáculos que a vida lhe impôs. Por isso mesmo, nessa configuração antropológica o ato suicida foi transformado num sintoma grave de perturbação psíquica, associado principalmente à experiência da melancolia, mas podendo também ser inserido em outras psicoses.
Em sua leitura do sujeito moderno, Freud procurou pensar a melancolia e o suicídio a partir da experiência do luto. Vale dizer, em face da perda de um objeto amado ou de um ideal, o sujeito vive uma experiência de luto, numa espécie de confrontação ética com a figura do morto, num acerto de contas com suas memórias face ao objeto perdido. Dessa maneira, a melancolia seria uma impossibilidade para o sujeito de aceitar a perda do objeto de amor e dele se separar, de forma a ficar identificado com a figura do morto. Enfim, o ato suicida poderia ser então um ato fatal do sujeito para arrancar de si o objeto que se perdeu, ou então continuar a ele ligado para sempre pela morte.
Contudo, toda essa discussão na atualidade assume novos aspectos cruciais, considerando-se as condições psíquicas do sujeito na contemporaneidade. Assim, face à feroz competição generalizada que existe hoje no contexto social do neoliberalismo, em que a performance se colocou como um imperativo fundamental, a promoção de si mesmo se impôs como uma marca indiscutível da subjetividade contemporânea. Superar os adversários se transformou numa moral disseminada, implicando uma aceleração das formas de viver que são correlatas da aceleração do tempo que se impõe no fluxo das mercadorias e das informações em escala global. Nesse contexto, cada indivíduo se transformou numa microempresa para promoção de si mesmo e da venda de seus produtos, sejam esses materiais ou imateriais, numa multiplicação assintótica de suas performances.
Não é por acaso que o consumo de drogas, sejam essas lícitas ou ilícitas, se transformou numa forma de vida. Com efeito, por esse consumo os indivíduos procuram promover sua performance para estar à altura da competição frenética existente no espaço social. Face a esse excesso intensivo, o sujeito fica turbinado, mas, em contrapartida, nem sempre dispõe de instrumentos simbólicos para lidar com isso. Os efeitos disso são múltiplos, nas tentativas dos sujeitos de lidarem com tais excessos. Se esses forem descarregados sobre o corpo podemos reconhecer a origem das múltiplas doenças psicossomáticas na atualidade, assim como da síndrome do pânico. Contudo, se forem descarregadas para o exterior teremos uma chave para a compreensão da multiplicação da violência e da crueldade na atualidade, assim como para a disseminação das adicções no contemporâneo, que se realizam com diversos objetos, num eixo que se polariza entre a comida e as drogas. Além disso, esse excesso intensivo pode se fazer presente como um corpo estranho para o sujeito, que perde assim suas referências identificatórias, sendo lançado em situações melancólicas.
Assim, pode-se depreender facilmente dessa cartografia como a morte nos assalta como possibilidade, de múltiplas maneiras. Isso porque o excesso como dor não pode ser transformado e metabolizado como sofrimento, pela fragilidade dos operadores simbólicos de que o sujeito dispõe. Com isso, o desamparo que é constitutivo do sujeito, segundo Freud, se transforma em desalento, pois num espaço social permeado pela competição generalizada o sujeito não pode mais contar com o outro como amigo e aliado.
Não é espantoso que as taxas de suicídio se incrementem nesse contexto, marcado pela incerteza e perplexidade. Além disso, não é inesperado que os jovens estejam mais expostos a esses processos, pois tendo que construir seus percursos no espaço de alta competitividade, muitos deles infelizmente sucumbem.


JOEL BIRMAN É PSICANALISTA, PROFESSOR TITULAR DO INSTITUTO DE PSICOLOGIA DA UFRJ E PROFESSOR ADJUNTO DO INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL DA UERJ



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ricardo brunet

sábado, 14 de setembro de 2013

RELIGIÃO O CRACK DE UMA NAÇÃO...

RELIGIÃO - O CRACK DE UMA NAÇÃO



..A RELIGIÃO, SEJA ELA QUAL FOR, É O INSTRUMENTO QUE O MAL USA PARA MANTER O SER HUMANO EM UM MUNDO DE TREVAS E INTOLERÂNCIA, NÃO PERMITINDO QUE VIVAM UMA VIDA SIMPLES DE AMAR UNS AOS OUTROS....A RELIGIÃO, CEGA, CONTROLA, MANIPULA, ATERRORIZA, AMEDRONTA, ENCLAUSURA, OPRIME, CONTROLA E MANTÉM OS SERES HUMANOS FORMATADOS E APRISIONADOS POR DOGMAS E PARADIGMAS...A RELIGIÃO NÃO PERMITE QUE O SER HUMANO PENSE POR SI PRÓPRIO....A RELIGIÃO ROUBA O PODER DE PENSAR E TRABALHA COM O CONTROLE E MANIPULAÇÃO..AS PRINCIPAIS GUERRAS DE TODOS OS TEMPOS E AS ATUAIS  SEMPRE GIRAM EM TORNO DE RELIGIÃO....O ÚNICO EXÉRCITO QUE MATA E  PRENDE SEUS PRÓPRIOS SOLDADOS ESTÃO DENTRO DA RELIGIÃO....NÃO ESQUEÇA! Jesus Cristo, mestre do amor, não tem religião, não é religião, não ensinou religião, apenas nos deixou uma mensagem: amai-vos uns aos outros, MENSAGEM ESSA PARA VIVERMOS  EM  NOSSO DIA A DIA DEBAIXO DOS 40 GRAUS DA VIDA,  COMO ESTILO DE VIDA DIÁRIO..
A RELIGIÃO NÃO AMA.....
A RELIGIÃO É CORPORATIVISTA
A RELIGIÃO É CAPITALISTA
A RELIGIÃO É O GRANDE ENGANO( e não se esqueça, engano só é engano quando parecido com a verdade) DA HUMANIDADE,  FALA DE ALGO QUE NÃO CONHECE E NEM VIVE..
A RELIGIÃO INTOXICA A MENTE DO SER HUMANO E  COMO UMA LAVAGEM CEREBRAL  NÃO OS DEIXA PENSAR POR SI  E SIM OS FAZ PENSAR CORPORATIVISTAMENTE..
A RELIGIÃO É HIPÓCRITA
A RELIGIÃO FORTALECE OS TRANSTORNOS SÓCIO-RELACIONAL DAS PESSOAS.
A RELIGIÃO NEUROTIZA
A RELIGIÃO  FORMA UMA EXÉRCITO DE ARROGANTES E PRESUNÇOSOS
A RELIGIÃO CRIA OS PÁRIAS DA SOCIEDADE
A RELIGIÃO, CULPA, AMEDRONTA,  E MATA
A RELIGIÃO.......É.........
A RELIGIÃO É A CORPORIFICAÇÃO DA PERSONIFICAÇÃO DE TODA MALDADE.

Deus que é AMOR, não transita na estrada da religião, Ele não comunga com  a religião,  não  comunga com os dogmas e paradigmas por ela criada.
O AMOR É:
perdoador
suportador, no sentido de não ter o dedo apontado para ninguém, porém ser o suporte no limite do outrém;
paciente
manso
não suspeita mal
não é soberbo
não se alegra com a injustiça
busca mais o interesse do outro
considera o outro superior a si mesmo
não tem ciúmes
simples
singelo
gentil
O AMOR JAMAIS ACABA.....Pois Deus, que é AMOR, é eterno...E se  nos denominamos filhos de Deus,  significando assim que somos filhos do amor, então devemos ser em nossa sociedade, AMOR AMBULANTE... 
Para a nossa tristeza, a grande maioria de nossa sociedade vive  enclausurado dentro de uma religião,  com seus livros e dogmas  cheios de amedrontamento e ameaças e culpas.....porque....porque será..Estou sem  o sinal de  interrogação..
Penso ser mais fácil  um culto imaginário, ficar servindo a um Deus  transcendental,  lá no infinito, e cantar e  viver pra ele, do que viver, olho no olho, face to face, no dia a dia, com  os que vivem perto, com os que comem juntos, com os que dormem juntos, com os que fazem sexo juntos,  com os que cantam juntos..com os que trabalham juntos, com os que adoecem juntos..com os que  vencem juntos, e com os que perdem juntos...O AMOR só transita na estrada do relacionamento e é lá no relacionamento,  tete a tete, dia a dia, com suor, suas tristezas e alegrias, suas conquistas e fracassos, que o AMOR tem como se manifestar.....
VAMOS PARAR DE OLHAR PARA O CÉU, CANTAR PARA O CÉU, SEGUIR  LIDERES DISTANTES, E  FICAR PARECIDOS COM PAPAGAIOS QUE COPIA TUDO, REPETE TUDO, MAS SE BATER A CABEÇA NA PAREDE ESQUECE TUDO!
Deus não está lá no infinito, Deus, está dentro do ser humano, se é que está, e é no e para o  ser humano que devemos  nessa existência,  servir, perdoar,  ter compaixão,  suportar,  considerar superior,  buscar mais seu interesse do que o meu,  cobrir as falhas,  e compartilhar em suas  necessidades, PORQUE SE A UM DESSES  O FIZESTES A MIM O FIZESTES DIZ O MESTRE DO AMOR...

PRECISAMOS DE MAIS GENTE QUE AME UMA AS OUTRAS E SIRVA UMA AS OUTRAS DO QUE GENTE  ENXAFURDADAS EM CREDOS RELIGIOSOS..


Considerando que a religião é o crack do povo, quero  solicitar a cada leitor  que se possível, liberte-se  desse mal, que  mata a si próprio e os lança em trevas, e  rompa com suas mentiras e enganos, e viva uma vida diária de serviço e amor ao próximo...

ricardo brunet

pelos vínculos do amor